Apresentação


Na sua obra de estreia, Livro de Mágoas, publicada em 1919, Florbela inicia uma carreira literária que, durante longo tempo, reivindicará o seu lugar (e de outras escritoras) no cânone literário português, enfrentando inicialmente enormes resistências por parte da sociedade e da crítica. 

Décadas depois, é o trabalho pioneiro da académica e escritora Maria Lúcia Dal Farra que vem estabelecer o lugar de direito de Florbela entre os grandes nomes da literatura portuguesa. Nesse percurso, Maria Lúcia Dal Farra não só resgata a obra de Florbela, como também se afirma ao longo dos últimos vinte e cinco anos através de uma literatura já premiada no Brasil, agraciada com o prémio Jabuti em 2012. A sua obra lírica e ficcional dialoga com a de Florbela e com a de muitos outros escritores; não deixa, contudo, de afirmar a sua plena singularidade expressiva, caracterizada pelo rigor e pela depuração formais e pelo fulgor poético do real que transfigura. 

Este congresso vem assim propor a reflexão a partir de três grandes eixos temáticos:

1- A obra de Florbela Espanca: novas perspetivas críticas;

2-Maria Lúcia Dal Farra, a crítica e a escritora;

3- Florbela e Maria Lúcia em diálogo.




Comentários

  1. Orgulho em ser conterrânea (por carinho) de Maria Lúcia Dal Farra. Homenagem mais que merecida.

    "Quero senti-lo doutra, bem distante,
    Como se fora meu, calma e serena!
    Ódio seria em mim saudade infinda,
    Mágoa de o ter perdido, amor ainda!
    Ódio por Ele? Não... não vale a pena"

    Viceral, estanque em amor, mágoa e paradoxal entrega ao amado. Essa é Florbela.

    Silvia Aparecida Pereira - Botucatu / S.P.

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    1. Muito obrigado pela mensagem. Já encaminhei sua mensagem à Professora Maria Lúcia. Cordialmente, Fabio Mario da Silva

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